Entre os tipos de cânceres de pele existentes, o melanoma é o menos frequente, porém o mais agressivo de todos e com alta taxa de mortalidade
O câncer é a segunda maior doença responsável por mortes no país atrás apenas das enfermidades do aparelho circulatório, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Uma pesquisa do Instituto revelou ainda que o câncer de pele é o mais incidente na população e corresponde a 30% dos casos registrados. Entre os três tipos existentes da doença, o melanoma é o menos frequente, porém o mais agressivo de todos e que soma uma alta taxa de mortalidade. Com o objetivo de conscientizar a população sobre a doença e fazer um alerta para a importância do diagnóstico precoce foi criado o Junho Preto.
Embora o diagnóstico de melanoma normalmente cause medo e apreensão aos pacientes, quando há detecção precoce da doença, as chances de cura são de mais de 90%. A doença tem como característica, a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, com coloração em tons acastanhados ou enegrecidos, que, em geral, mudam de cor, de formato ou de tamanho com o tempo podendo até causar sangramento. Por este motivo, é importante o acompanhamento médico quando for detectado qualquer lesão suspeita, pois apenas o exame clínico ou a biópsia podem diagnosticar o câncer de pele.
“O profissional de dermatologia faz o diagnóstico precoce da doença. É ele que sabe como examinar uma lesão com pequenas alterações e que, provavelmente, virão a se tornar um melanoma”, explica o dermatologista, Erasmo Tokarski, que atua na área da Dermatologia, Estética e Cirúrgica há mais de 30 anos.
Além do diagnóstico, o dermatologista também é responsável pelo tratamento e acompanhamento da doença junto ao paciente.
“Utilizamos um dermatoscópio, que é uma lente de aumento especial com fonte de luz própria para observar a lesão, e, se houver indicação realizamos a biópsia da pele”, explica Erasmo Tokarski.
Tratamento de câncer de pele tipo melanoma
A cirurgia é o tratamento mais indicado nos tumores iniciais, mas há também cuidados com quimioterapia, radioterapia e imunoterapia. Por ser um tipo de câncer de pele mais grave, nem sempre é possível atingir a cura do melanoma, especialmente quando o tumor é identificado numa fase muito avançada.
O dermatologista Erasmo Torkaski explica que, quando o diagnóstico é feito muito tardio é possível que seja necessária a participação de um oncologista no tratamento.
“Caso o melanoma se dissemine para outras partes do corpo, o que é chamado de metástase, o oncologista entra com a terapia quimioterápica no processo contra a doença. Os tratamentos ajudam a reduzir os sintomas e a aumentar a expectativa de vida dos pacientes”, detalha.
Prevenção
Além do uso do filtro solar, existem outras formas de proteger a pele contra os raios UVA e UVB do sol. A proteção solar deve ser feita tanto em momentos de lazer quanto de trabalho sob o sol. Para quem realiza as atividades ao ar livre, o uso de equipamentos de proteção individuais (EPI), chapéus de abas largas, óculos escuros, roupas que cubram boa parte do corpo e protetores solares são itens obrigatórios diários para evitar que a exposição prolongada traga problemas de saúde.
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